![]() |
Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com |
Nem céu, nem inferno. Nem oito, nem 80. Nem tudo, nem nada. Clodoaldo Silva chegou a Londres para as Paralimpíadas* sem os extremos que o marcaram nas últimas edições. Herói em Atenas-2004 (com seis ouros e uma prata), o nadador virou ídolo nacional, fez o esporte para portadores de deficiência alcançar visibilidade até então inimaginável no país e sofreu uma pancada em Pequim-2008. Na China, teve sua funcionalidade reavaliada, mudou de classe e só não ficou de mãos vazias por conta dos dois bronzes em provas de revezamento. Nos Jogos que começam nesta quarta-feira, o “Tubarão das Piscinas” voltou a ser mais um. Nem favorito, nem azarão”, mas, talvez por isso, mais feliz.
Fonte: Globoesporte
Clodoaldo sabe que o posto de maior medalhista paralímpico do Brasil, com 13 pódios (seis ouros, cinco pratas e dois bronzes entre Sydney-2000 e Pequim-2008), não deve durar muito. Daniel Dias, que começou a nadar exatamente por vê-lo se destacar em Atenas, chegou a Londres “voando” para abocanhar medalhas em oito provas, podendo chegar a 17. Mas o potiguar não se importa com isso e prefere usar a passagem pelas piscinas britânicas para curtir o momento que considera o melhor de sua vida.
- A fase é excelente. Até porque o ano de 2012 como um todo está sendo incrível. Fui homenageado pela Grande Rio no Carnaval carioca, está sendo produzido o documentário sobre minha vida, minha filha nasceu no fim do ano passado e agora tenho pela frente uma edição de Paralimpíadas que vai ser inesquecível. Estou curtindo tudo pelo que tenho vivido na minha vida.
Ao fazer parte do revezamento da tocha horas antes da cerimônia de abertura, nesta quarta, ele deu início à sua quarta participação nos Jogos, que contará ainda com quatro disputas na classe S5 (50m, 100m e 200m livre, e 50m borboleta). Conquistar medalhas, obviamente, é o objetivo, mas não uma obsessão para quem, com as vitórias e derrotas marcantes em disputas paralímpicas, aprendeu que nem sempre vencer é fundamental para sorrir.
- Mesmo que não dê medalha, olho para trás e digo: “Fiz o meu melhor, não tenho porque me frustrar”. Decepção seria se eu chegasse e falasse: “Não vou competir porque o outro atleta é melhor”. Não. Eu estou aqui para tentar.
*Mudança no nome foi feita em novembro do ano passado.
Intenção foi uniformizar nome usado nos outros países de língua portuguesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário