Páginas

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Joanna Maranhão, sobre fim da carreira: 'Entrei em uma briga solitária'

Após participar de três olimpíadas, três pan-americanos e cinco mundiais, a nadadora pernambucana Joanna Maranhão, anunciou, em seu perfil em uma rede social, que vai se aposentar. Aos 26 anos, e nadando desde os três, a atleta diz que esta é uma decisão muito bem pensada e definitiva.

- Esta é uma ideia que eu venho amadurecendo desde o mundial do ano passado. Mas como esses pensamentos acontecem com os atletas de vez em quando, eu preferi esperar um pouco e continuar nadando, cumprindo minhas metas até ter certeza de que esta era a decisão correta a tomar.

Os motivos que levaram Joanna Maranhão a abrir mão das competições de alto nível, passam longe dos resultados nas piscinas. Os frequentes desentendimentos políticos com os dirigentes da natação brasileira fizeram a nadadora encerrar a carreira mais cedo do que o previsto.

- O que me levou a decidir parar foi um conjunto de fatores mas, principalmente minha consciência política. Não concordo com uma série de coisas e terminei entrando em uma briga solitária. Fui boicotada diversas vezes desde que comecei a falar de clubes, federações, confederações e cartolas. Minha família tem hoje uma dívida de 400 mil reais porque eu tive que custear sozinha minha preparação para as competições. Mas essa dívida fica como legado. Como algo positivo pra mim, porque acreditei nas minhas convicções e não me submeti ao sistema.

Com a decisão, Joanna Maranhão descarta a possibilidade de disputar as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Mas diz que não vai parar de nadar completamente.

- Vou continuar nadando até porque não é saudável parar completamente. Mas vou me envolver agora com outras coisas que me movem tanto quanto a natação. Vou terminar o curso superior de educação física. Trabalhar mais junto do meu treinador Nikita para aprender um pouco também deste outro lado e me dedicar à ong que ajudei a criar, para crianças que foram abusadas, para dar suporte jurídico e psicológico e também introduzir estas crianças e adolescentes no esporte.

GE

Nenhum comentário:

Postar um comentário