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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Soberano no Norte do país, Paysandu completa 100 anos neste domingo

Dia 2 de fevereiro é a data de cebração à Iemanjá, a rainha das águas. Para uma massa apaixonada, torcedores de um clube que representa o Norte do país no mapa da bola brasileiro, o dia também é de festejos. É o dia do Paysandu, o Papão da Curuzu. Neste domingo, enquanto um sem-número de pessoas farão suas oferendas ao mar, os adeptos do clube paraenses também celebrarão. O motivo é nobre: o centenário do clube. Tempo de recordar glórias, dores e muita paixão destes 100 anos de história.

Em 1914, um grupo de dissidentes do Norte Club, bem como de outras pequenas agremiações, resolveram fundar um novo clube para fazer frente ao Grupo do Remo (que depois teria o nome mudado para Clube do Remo), principal força paraense à época e dono de enorme força nos bastidores. "Vou fundar um clube para vencer o Grupo do Remo", afirmou Hugo Leão, integrante do Norte Club em fins de 1913. Pouco depois, sua intenção se tornou realiadade e fundou-se o Paysandu Foot-Ball Clube (poucos dias depois, o nome seria trocado para Paysandu Sport Club), glória do futebol nortista.

Nos primeiros anos de vida, o Paysandu viu o Grupo do Remo reinar no futebol local (foi heptacampeão paraense entre 1913 e 1919). O primeiro clássico "Re-Pa" ocorreu no dia 14 de junho de 1914, e o Papão viu o adversário vencer a partida que marcava a inauguração do futuro estádio da Curuzu, à época pertencente à firma Ferreira & Comandita (em 1918 seria adquirido pelo Paysandu por 12 contos de réis) por 2 x 1.

Em 31 de janeiro de 1915, o Paysandu venceu pela primeira vez o Remo, com o placar de 2 x 0. A partida marcou a estreia de Suísso, primeiro ídolo da equipe, e jogador fundamental na campanha do primeiro título paraense da história bicolor, em 1920, conquista que quebrou a série de sete taças seguidas do Remo. Nos três anos seguintes, o craque do Papão conduziu o clube ao tetracampeonato.

O "Esquadrão de Aço"

No final da década de 30, formou-se a equipe que seria conhecida por "Esquadrão de Aço". O auge deste time se deu em 1947 quando a equipe sagrou-se pentacampeã estadual. Dois anos antes, no dia 22 de julho, o Papão goleou o Clube do Remo por 7 x 0, maior goleada da história do clássico. Vinte anos depois, em 1965, outro feito célebre para a história do clube foi a vitória por 3 x 0 sobre o Uruguai, que era base da seleção uruguaia, no Estádio da Curuzu, durante escursão da equipe pelo Brasil.

Em 1990, após décadas fazendo campanhas discretas na série A do Brasileirão e disputando algumas temporadas na série B, o time disputa, pela primeira vez, a série C, alcançando a quinta colocação e o consequente acesso à Segundona. Em 1991, então, conquista a série B pela primeira vez, feito que repetiria em 2001.

Calando La Bombonera

O início da milênio seria marcante para o clube, campeão da Copa Norte, em 2002, e da Copa dos Campeões, no mesmo ano, feito que possibilitou ao clube a façanha de disputar a Libertadores da América no ano seguinte.

Na competição sul-americana, chega, de forma surpreendente, às oitavas de final, batendo, de maneira histórica, o Boca Juniors, por 1 x 0, em plena Bombonera. Na volta, porém, em Belém, o time bicolor perdeu por 4 x 2 e foi eliminado.

Após quatro temporadas na série A, o time despenca, em dois anos, para a série C, por onde permance por seis anos. Em 2012, no entanto, volta à série B, mas, com campanha ruim no ano de 2013, voltou para a série C em 2014.

O maior do Norte

O Papão da Curuzu é o time de maior torcida e com mais conquistas na Região Norte. Além do bicampeonato da série B (1991 e 2001), da Copa Norte (2002) e da Copa dos Campeões (2002), possui 45 campeonatos paraenses, três a mais que o arquirrival Remo, que luta, ano após ano, para tentar disputar a série D. No confronto direto com o rival, no entanto, leva desvantagem: foram 226 vitórias e 256 derrotas, em 719 partidas.

Os maiores ídolos da torcida são: Suísso, Quarentinha, Bené (este, o maior artilheiro da história do clube), Wandick, Robgol, Iarley, Fumanchu, Zé Augusto, Lecheva, entre outros. 
 
 
Placar

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