Em 1914, um grupo de dissidentes do Norte Club, bem como de outras pequenas agremiações, resolveram fundar um novo clube para fazer frente ao Grupo do Remo (que depois teria o nome mudado para Clube do Remo), principal força paraense à época e dono de enorme força nos bastidores. "Vou fundar um clube para vencer o Grupo do Remo", afirmou Hugo Leão, integrante do Norte Club em fins de 1913. Pouco depois, sua intenção se tornou realiadade e fundou-se o Paysandu Foot-Ball Clube (poucos dias depois, o nome seria trocado para Paysandu Sport Club), glória do futebol nortista.
Nos primeiros anos de vida, o Paysandu viu o Grupo do Remo reinar no futebol local (foi heptacampeão paraense entre 1913 e 1919). O primeiro clássico "Re-Pa" ocorreu no dia 14 de junho de 1914, e o Papão viu o adversário vencer a partida que marcava a inauguração do futuro estádio da Curuzu, à época pertencente à firma Ferreira & Comandita (em 1918 seria adquirido pelo Paysandu por 12 contos de réis) por 2 x 1.
Em 31 de janeiro de 1915, o Paysandu venceu pela primeira vez o Remo, com o placar de 2 x 0. A partida marcou a estreia de Suísso, primeiro ídolo da equipe, e jogador fundamental na campanha do primeiro título paraense da história bicolor, em 1920, conquista que quebrou a série de sete taças seguidas do Remo. Nos três anos seguintes, o craque do Papão conduziu o clube ao tetracampeonato.
O "Esquadrão de Aço"
No final da década de 30, formou-se a equipe que seria conhecida por "Esquadrão de Aço". O auge deste time se deu em 1947 quando a equipe sagrou-se pentacampeã estadual. Dois anos antes, no dia 22 de julho, o Papão goleou o Clube do Remo por 7 x 0, maior goleada da história do clássico. Vinte anos depois, em 1965, outro feito célebre para a história do clube foi a vitória por 3 x 0 sobre o Uruguai, que era base da seleção uruguaia, no Estádio da Curuzu, durante escursão da equipe pelo Brasil.
Em 1990, após décadas fazendo campanhas discretas na série A do Brasileirão e disputando algumas temporadas na série B, o time disputa, pela primeira vez, a série C, alcançando a quinta colocação e o consequente acesso à Segundona. Em 1991, então, conquista a série B pela primeira vez, feito que repetiria em 2001.
Calando La Bombonera
O início da milênio seria marcante para o clube, campeão da Copa Norte, em 2002, e da Copa dos Campeões, no mesmo ano, feito que possibilitou ao clube a façanha de disputar a Libertadores da América no ano seguinte.
Na competição sul-americana, chega, de forma surpreendente, às oitavas de final, batendo, de maneira histórica, o Boca Juniors, por 1 x 0, em plena Bombonera. Na volta, porém, em Belém, o time bicolor perdeu por 4 x 2 e foi eliminado.
Após quatro temporadas na série A, o time despenca, em dois anos, para a série C, por onde permance por seis anos. Em 2012, no entanto, volta à série B, mas, com campanha ruim no ano de 2013, voltou para a série C em 2014.
O maior do Norte
O Papão da Curuzu é o time de maior torcida e com mais conquistas na Região Norte. Além do bicampeonato da série B (1991 e 2001), da Copa Norte (2002) e da Copa dos Campeões (2002), possui 45 campeonatos paraenses, três a mais que o arquirrival Remo, que luta, ano após ano, para tentar disputar a série D. No confronto direto com o rival, no entanto, leva desvantagem: foram 226 vitórias e 256 derrotas, em 719 partidas.
Os maiores ídolos da torcida são: Suísso, Quarentinha, Bené (este, o maior artilheiro da história do clube), Wandick, Robgol, Iarley, Fumanchu, Zé Augusto, Lecheva, entre outros.
Placar

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