Por jejum histórico e taças rivais, São Paulo busca Sul-Americana

Nome mais experiente e vitorioso do São Paulo, Rogério Ceni treina faltas para a decisão
Foto: Luiz Pires / Vipcomm / Divulgação

Há ingredientes históricos e três pitadas de rivalidade em campo na noite desta quarta-feira, no Morumbi, pela Copa Sul-Americana. O São Paulo recebe os argentinos do Tigre, às 21h50 (de Brasília), em busca de uma vitória que iria evitar quatro anos sem títulos. Sem erguer um troféu desde o Campeonato Brasileiro de 2008, a equipe são-paulina atingiria sua pior marca desde a década de 70. Uma possibilidade pouco considerada devido à boa fase.

Quarta colocada do Campeonato Brasileiro, em que foi campeã do returno, a equipe do treinador Ney Franco chega até a finalíssima da Sul-Americana invicta após nove jogos - ainda que com quatro vitórias e cinco empates. Impulsionado pelas despedidas de Willian José e principalmente Lucas, o São Paulo tenta assim também se juntar à festa que seus rivais fizeram. Para isso, basta uma vitória simples no Morumbi. Qualquer empate leva o jogo para os pênaltis.

Neste ano, vale recordar, o Santos foi campeão paulista e da Recopa Sul-Americana, o Palmeiras levou a Copa do Brasil e o Corinthians, que joga o Mundial de Clubes, ganhou a Copa Libertadores. Seria também o primeiro título de Lucas e do treinador Ney Franco pelo São Paulo. Ney, aliás, tem sete taças como treinador por clubes, mas nunca gritou campeão em um torneio internacional profissional. Já ganhou a Copa do Brasil pelo Flamengo e a Série B pelo Coritiba, por exemplo.

Pela inexperiência do treinador e do próprio elenco no que diz respeito à Copa Libertadores, maior objetivo de 2013, a final da Sul-Americana serve como vestibular para todos. Seja para os mais jovens, como Wellington e Denilson, para os ascendentes, como Toloi, Paulo Miranda e Cortez, ou até para um dos mais experientes. Desfalque desta quarta-feira por uma tola expulsão há uma semana, na primeira parte da final, Luís Fabiano foi alertado.

"Estamos fazendo um aquecimento para a próxima competição, que é a Libertadores. Ele (Luís Fabiano) tem de aprender com o erro cometido. Foi conversado assim, objetivamente", explicou Ney Franco sobre um papo particular entre Luís e ele. O próprio Ney, 46 anos, jogou o torneio só em 2007, com o Flamengo. Foi eliminado nas oitavas de final.

Quem jogará a Libertadores pela primeira vez é Jadson, outro que é testado sob a sombra de Paulo Henrique Ganso, ainda reserva. A seu favor, o fato de ter atingido 19 assistências ao longo de 2012. "Foi meu primeiro ano e o começo foi complicado, até encontrar o entrosamento. Vim para cá conseguir títulos e darei minha vida neste jogo", declarou Jadson na terça-feira.

Ele está no grupo de 21 jogadores inscritos na Sul-Americana que ainda não gritaram campeão pelo São Paulo. E até para três dos quatro campeões, na verdade, o título também teria sabor diferente. Wellington (em 2008) e Denilson (em 2005) foram campeões, mas ainda muito jovens e na reserva. Luís Fabiano, por sua vez, venceu apenas um Torneio Rio-São Paulo, em 2001. 

O São Paulo jogará com: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Toloi, Rhodolfo e Cortez; Wellington e Denilson; Lucas, Jadson e Osvaldo; Willian José.

Fonte: Terra Esportes