Neste domingo (31) o Náutico entrou em campo para mais uma partida pelo Campeonato Pernambucano. Líder da competição, melhor saldo de gols nesse segundo turno – 30 marcados em oito jogos -, e o melhor ataque. O adversário era o Santa Cruz, terceiro colocado na tabela, que não vinha mostrando um futebol tão convincente e que há oito anos não vencia o time alvirrubro nos Aflitos. Esse era o quadro do jogo e que deixava o Náutico como franco favorito.
Mesmo com tudo isso a seu favor, o Náutico deixou ser dominado pelo Santa Cruz. Perdeu o jogo por 2x0 e, mais que isso, não venceu um clássico neste segundo turno. Aí começa a preocupação para Mancini. Primeiro que os torcedores podem começar a questionar o fato de só vencer as equipes consideradas menores na competição. E depois, o Náutico pode vir a jogar mais clássicos na semifinal do Pernambucano, será que teremos a mesma posição adotada nestes dois últimos?
O Náutico peca em querer jogar toda a responsabilidade em cima de um ou dois jogadores. Desde que Rogério voltou a jogar pelo clube, fazendo uma bela atuação, diga-se de paisagem, ele é o responsável pela maioria dos gols. Mesmo dividindo a artilharia com Elton, toda bola é direcionada a ele, e o que é pior, o mias rápido possível. Aí começam os chutões, o que dificulta a criação das jogadas para que a bola chegue, também aos pés de Rogério, só que de uma forma mais precisa para que ele faça o gol.
Hoje, marcado de perto por Willian Alves, não conseguiu fazer muita coisa. Marcos Vinícius, que é o responsável pela criação de jogadas, aquele que tem o dever de fazer com que as bolas cheguem de forma mais eficiente nos pés dos atacantes, passou quase 15 minutos sem tocar na bola. Enquanto isso, só chutes direto pro ataque. E, como o Santa estava bem armado, a bola, quase sempre, era interceptada.
É necessário atenção de Mancini neste aspecto. Primeiro que o Náutico é um clube e os onze jogadores têm que participar das jogadas. E as bolas, por mais que tenham que chegar aos pés de Rogério e Elton, não podem chegar de qualquer jeito, mais do jeito certo. Esse foi um dos motivos da derrota, pois enquanto o Náutico jogava em função de um ou dois jogadores, o Santa jogava com toda a equipe, de forma conjunta.
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