[SÉRIE B] Com muita raça, Sport supera adversidades e bate o Paraná por 2 a 0 na Ilha do Retiro

Camilo foi às lágrimas ao marcar o primeiro gol do Sport (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)

As vitórias de Icasa e Ceará na sexta-feira, fizeram com que o Sport entrasse em campo pressionado frente ao Paraná. Fora do G4, o rubro-negro dependia apenas de si para retornar ao terceiro lugar a duas rodadas do fim da Série B do Campeonato Brasileiro. Para isso, porém, precisava vencer. Nem um empate interessava ao Leão. Antes da partida, nas caixas de som da Ilha do Retiro, a música “Tente outra vez”, de Raul Seixas. A mensagem era clara: nada estava decidido e não havia porquê desistir. Após um primeiro tempo abaixo do desejado - apesar do 1 a 0 no placar -, o Sport demonstrou raça e superação na etapa complementar. Sem se entregar diante das adversidades, com um a menos em campo, foi buscar o 2 a 0. A vitória que recoloca o time no caminho da Série A.

Com três desfalques no meio-campo, Geninho teve que improvisar no setor. Além da falta de entrosamento, ainda havia a falta de ritmo de jogo de Aílton e Naldinho. Isso ficou perceptível. O meio-campo rubro-negro não existiu na etapa inicial. Sem construção ofensiva consistente, o time leonino se limitava a dar chutões para a frente, na tentativa de buscar Neto Baiano. À medida que o tempo passava, e vendo o Paraná crescer no jogo, a torcida rubro-negra começava a demonstrar impaciência nas arquibancadas da Ilha do Retiro.

Aos 23 minutos, o alívio. Na única chegada do Sport ao ataque, o gol. Lançado por Camilo, Patric perdeu o tempo da bola. Entretanto, sem deixar de acreditar no lance, ele tentou outra vez e foi atrás da esférica. Com habilidade, deixou o marcador para tás e cruzou com precisão para o centro da pequena área. A bola encontrou Camilo, bem posicionado, que empurrou para o fundo das redes. Explosão na Ilha do Retiro. Mais do que o grito de gol, um desabafo. A vitória ao intervalo não refletia o que se viu em campo.

Angústia e euforia

No reinício de jogo, os paranistas tentavam pressionar o Leão, procurando o empate. O Sport, entretanto, conseguia encaixar contra-ataques perigosos. Aos 14 minutos, a angústia tomou conta da Ilha do Retiro. Reinaldo penetrou livre na intermediária do Leão. Magrão saiu da área e impediu o gol de empate. O árbitro Paulo César de Oliveira, equivocadamente, entendeu que o arqueiro leonino havia tocado a bola com a mão. Cartão vermelho para o ídolo rubro-negro.

Com um a mais, o Paraná tentava, de todas as formas, chegar à igualdade. O Leão se segurava como podia. Foram oito minutos de sufoco. Mas sem nunca desistir e se dar por vencido, Patric partiu pela direita e cruzou. De primeira, Neto Baiano mandou um chutaço no ângulo. Um golaço. Euforia na Ilha do Retiro, que cantava em uníssono. “Volta Leão, pra primeira divisão.”

Ficha técnica

Sport 2

Magrão; Aílson, Toby e Oswaldo; Patric, Naldinho, Aílton (Saulo), Felipe Azevedo (Camilo) e Marcelo Cordeiro; Marcos Aurélio (Rafael Pereira) e Neto Baiano. Técnico: Geninho. 

Paraná 0

Marcos; Roniery, Binner, Alex Bruno e Henrique; Edson Sitta, Moacir, Lúcio Flávio e Luisinho (Rubinho); Paulinho Oliveira e Reinaldo (Paulo Sérgio). Técnico: Dado Cavalcanti.

Local: Estádio da Ilha do Retiro (Recife-PE). Árbitro: Paulo César de Oliveira (Fifa-SP)Assistentes: Gustavo Rodrigues de Oliveira (SP) e Alberto Poletto Masseira (SP) Gols: Camilo (S), Neto Baiano (S) Cartões amarelos: Marcos Aurélio (S), Patric (S), Toby (S); Alex Bruno (P)Cartões vermelhos: Magrão (S) Público: 21.522 (total) Renda: R$ 314,755

SE