O jogo contra a Rússia, na estreia da Fase Final da Liga Mundial, só não faz parte do passado porque, da derrota por 3 sets a 2, foram tiradas algumas lições. Segundo o ponteiro Dante, jogador mais experiente da seleção brasileira masculina de vôlei, o resultado na primeira partida não muda em nada a disposição da equipe para o próximo confronto, que será contra o Canadá, nesta sexta, às 16h30, no ginásio Islas Malvinas, em Mar del Plata, na Argentina. Com uma vitória por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1, o Brasil estará nas semifinais como líder.
Já uma vitória por 3 sets a 2 sobre os canadenses, obrigará a seleção de Bernardinho a fazer contas. E, neste momento, a matemática não ajuda. Nesse caso, o grupo teria um empate triplo entre Rússia, Brasil e Canadá, levando a decisão das duas vagas para o saldo de pontos. Até aqui, a equipe verde-amarela leva grande desvantagem diante das rivais, com -13 pontos. Já russos e canadenses têm, respectivamente, +12 e +1 de saldo.
Dante usa experiência para acreditar
A palavra de quem defende o Brasil há 15 anos tem um peso grande em uma hora como essa. Dante já viveu a situação de ser superado na primeira partida da Fase Final e, junto com o grupo, deu a volta por cima e chegou a conquista do título. Dessa vez, na posição de mais experiente do grupo, o ponteiro não reluta em afirmar que o Brasil continua com muitas chances de sair da Argentina com o decacampeonato da Liga Mundial.
"Perder de 3 a 2 e fazer um ponto é menos ruim no contexto geral, mas temos que tirar os dois sets bons que fizemos, o segundo e o terceiro, que foram bem regulares. Não demos muitos pontos para o adversário e isso é sempre importante. Acho que é bom tirarmos como base para o nosso time esses dois sets que jogamos bem e agora temos que seguir adiante com a mesma determinação", disse Dante.
"Já passei por isso mais de uma vez. Me lembro de 2006, quando tomamos um 3 a 0 da Bulgária no primeiro jogo da Fase Final, em Moscou, na Rússia, e saímos de lá com o título. Essa é apenas mais uma prova de que o resultado do jogo não interfere, nem diminui a nossa vontade de buscar mais um campeonato para o Brasil. Era um confronto direto. A diferença é pequena. Não temos que lamentar muito essa derrota, porque Fase Final é assim. Ganhando ou perdendo, já tem que pensar no próximo jogo", completou.
Vissotto ainda é dúvida
Após sentir o joelho e ter que deixar a quadra no segundo set do jogo contra a Rússia, o oposto Leandro Vissotto não voltou mais e permanece como dúvida para o confronto contra o Canadá. Acompanhado pelo médico da seleção brasileira, Álvaro Chamecki, o atacante fez em exame na manhã desta quinta, que apontou um edema no tendão patelar do joelho esquerdo.
"Na hora do jogo senti uma dor muito intensa no joelho e tive que sair. Hoje pela manhã fizemos uma ressonância magnética e deu um edema pequeno, mas nada muito grave. Agora vamos tratar, fazer fisioterapia, para estar à disposição do Bernardo o mais rápido possível", disse Vissotto.
Segundo o médico da seleção brasileira, Alvaro Chamecki, ainda não é possível garantir quando o jogador estará de volta. "Fizemos o exame, que apresentou apenas um edema no tendão patelar do joelho, e agora vamos avaliar dia a dia, de acordo com a evolução clínica. Não podemos precisar agora se ele já consegue jogar. Uma nova avaliação será feita a cada dia para sabermos quando ele poderá voltar", afirmou Chamecki.
espn
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