Mesmo tendo assumido o Náutico no meio do caminho, já praticamente rebaixado, o treinador Marcelo Martelotte assumiu sua parcela de culpa no descenso - e disse estar envergonhado pela campanha alvirrubra: " Você não está alheio a essa situação por ter chegado no meio do campeonato. Lógico que eu não esperava essa sequência de derrotas. Em 25 anos de futebol, nunca sofri sete derrotas seguidas. Nem como jogador, como treinador ou em qualquer outra função". Para ele, o rebaixamento do Timbu é fruto de uma sequência de erros que vêm desde o começo do ano.
"Um time que virou o primeiro turno com nove pontos, e ainda não completou nove no segundo. Um time que está muito longe do necessário para sair do rebaixamento. É um acúmulo de erros. Não dá para apontar um motivo só. São muitos erros, que vêm desde o começo, da montagem do elenco para o campeonato. É difícil enumerar e qualificar esses erros. A gente pode ficar falando disso aqui, mas está bem claro que vários erros aconteceram para acontecer o que aconteceu", disse.
Com 17 pontos, o Náutico corre o risco de acabar a competição com a pior campanha da era dos pontos corridos, empatado com o AMérica-RN. Martelotte diz que essa não é a principal preocupação agora. "Existe a meta de vencer o próximo jogo. Nós temos de pensar nesta semana na possibilidade de vencer o Criciúma. A gente não tem de pensar em pontuação. Temos de pensar jogo a jogo. Porque assim já está complicado, se a gente tentar fazer uma projeção de pontos, aí fica complicado demais", afirmou.
Para Martelotte, só resta pensar na reformulação para 2014. "A reformulação vai ser feita, claro. Alguns jogadores permanecerão, você nunca pode se desfazer de um grupo de forma integral, mas essa realidade vai se refletir, é claro, na saída de alguns atletas", declarou.
JUSTIÇA - Na entrevista coletiva após o jogo, o treinador Marcelo Martelotte confirmou que entrou com uma ação na Justiça contra o Santa Cruz, clube em que trabalhou no começo deste ano. De acordo com o técnico, o clube não cumpriu com "alguns compromissos", mas não explicou quais eram nem o quanto representavam financeiramente.
"Não tem muito o que explicar. Essa questão a Justiça está aí para decidir se tenho razão ou não. Ninguém tem de ficar chateado. Acho que fiz um bom trabalho no Santa Cruz. Alguns compromissos foram cumpridos, outros não. O Santa Cruz não cumpriu algumas questões muito simples entre trabalhador e empresa", disse. E completou: "Quando saí, quis fazer um acordo muito vantajoso para o Santa Cruz. Não foi aceito. Mas isso não diminui em nada o meu carinho pelo Santa Cruz. Os dirigente relacionados ao futebol diziam que eu tinha razão. E diziam que o acordo que eu queria fazer era bom para o Santa Cruz. Infelizmente, uma pessoa mais poderosa, o presidente do clube, disse que não ia me pagar um centavo. E ainda disse para eu entrar na Justiça. Eu entrei, ué. Agora ela é que vai decidir isso".
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