O terceiro suspeito de envolvimento na morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, atingido por um vaso sanitário no entorno do estádio do Arruda, se entregou espontaneamente, na noite desta quinta-feira, na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Waldir Pessoa Firmo Júnior chegou acompanhado dos pais e de um advogado. A mãe dele, que chegou com a cabeça coberta, disse à imprensa que o filho agiu por impulso e já queria ter se entregado, mas estava com medo.
Em depoimento na noite desta quinta-feira, Waldir confessou ter ajudado a arremessar as privadas do alto da arquibancada. A informação foi repassada por Jurandir Alves, advogado responsável pela defesa de Waldir Pessoa Firmo Júnior, 34 anos.
- Ele se mostrou arrependido e chorou durante todo o depoimento. Ele conhecia os outros dois, participavam da mesma torcida organizada. Waldir disse que não tinha intenção de atingir ninguém. Ele nem sabia que o vaso tinha sido lançado para fora do estádio, pensou que tinha ficado (na parte de) dentro mesmo. Vou esperar o inquérito completo da polícia para poder preparar minha defesa - informou.
O advogado disse também que Waldir Júnior não possuía antecedentes criminais.
- Ele não estava fugindo ou se escondendo. Estava em casa, com muito medo, mas eu e a família conseguimos convencê-lo a se entregar - assegurou Jurandir Alves.
Waldir Júnior se entregou espontaneamente e chegou acompanhado dos pais e do advogado à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A mãe dele, Iraci Minervina da Silva, disse à imprensa que o filho agiu por impulso e já queria ter se entregado, mas estava com medo da polícia. O rapaz já tinha trabalhado como auxiliar de estoque, mas estava desempregado.
Waldir Júnior foi transferido para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, pouco tempo depois do depoimento.
Segundo suspeito foi preso à tarde
Mais cedo, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30 anos, segundo preso pelos investigadores, foi levado ao DHPP, depois de ter sido detido em Monte das Gameleiras (RN), no começo da manhã. Segundo o advogado dele, Carlos Alberto Rodrigues Lima, seu cliente confessou o crime, em depoimento à polícia. Lima informou que a motivação para atirar a privada do alto da arquibancada foi vingança.
- Ele pretendia se vingar de uma briga que teve com o presidente da Torcida Jovem, Marinho, há cerca de duas semanas. Foi uma briga fora de um estádio, após o último jogo entre o Santa Cruz e o Sport. Luiz teve até os dentes quebrados.
Apesar de admitir a intenção de vingança, o advogado afirma que não houve premeditação.
- Nada foi planejado. Foi uma questão da oportunidade de se vingar, que ele viu ali, no momento, com aqueles dois. Então, ele aproveitou.
A investigação aponta que Luiz Cabral Neto e Everton Filipe Santana, 23 anos, preso na segunda-feira por envolvimento com o caso, já se conheciam antes do homicídio.
- Ele me disse que não arrancou nenhuma das bacias, quem fez isso foi 'Ronaldinho' (Everton), sozinho. Mas os três jogaram os vasos juntos.
Depois do crime, ele teria saído do estádio correndo, explicou o advogado de Luiz Cabral Neto.
- Após jogar o vaso, Luiz disse que ficou como doido, não sabia quantas pessoas tinha matado. Ele disse que saiu correndo, não para fugir da polícia, mas sim porque teve vontade de correr.
GE
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