O outro campeonato para o Náutico começa neste domingo (6), a partir das 16h, quando Sebastião Rufino Filho der o apito inicial para a partida diante do Salgueiro, Cornélio de Barros, pela semifinal do Campeonato Pernambucano. O primeiro campeonato já ficou no papo. O timbu ficou em primeiro lugar no hexagonal final e, por isso, decide a vaga na decisão na próxima semana, na Arena Pernambuco. O próximo passo é voltar a decidir o Estadual – depois de três anos – e, mais ainda, vencê-lo – fato que aconteceu pela última vez em 2004.
Pela primeira vez desde que o sistema de semifinais e final foi adotado, em 2010, o timbu enfrenta uma equipe do interior. Mas nem por isso os alvirrubros esperam mais facilidades. Para começo de conversa, existem dois oponentes neste domingo. Além do próprio Salgueiro, um grupo sempre forte quando joga em seus domínios, há a temperatura, elevada no sertão no horário do jogo. Para arrematar, o time da Capital tem três desfalques. Por contusão saem o atacante Marinho e o lateral-esquerdo Raí. Por suspensão, o meia Marcos Vinícius.
Por muito pouco, o time também perdeu seu jogador mais experiente e capitão. O volante Elicarlos saiu machucado no clássico contra o Sport, há uma semana, mas recuperou-se em tempo e vai jogar. Com isso, Gerley ganha nova oportunidade na esquerda, Yuri e Roberson vão para o meio de campo. Em suas entrevistas, Lisca faz questão de exaltar as qualidades do adversário e lembrar os exemplos positivos do futebol do interior em outros estados, principalmente São Paulo, onde gigantes como Corinthians, Palmeiras e São Paulo foram eliminados justamente por equipes deste porte.
“Dizem que teoricamente é mais fácil porque é interior, mas acho o contrário. Para eles é uma oportunidade ímpar de aparecer. Temos que lembrar o que vem acontecendo pelo Brasil com equipes do interior chegando no Paraná, em São Paulo. No Estadual o pessoal do interior pode aparecer mais porque têm mais tempo de preparação. O Salgueiro já ganhou de nós, é muito competente, vem de um acesso da Série B pra a Série C”, enfatizou o treinador timbu.
No sertão, o Salgueiro oscilou dentro do hexagonal final depois de liderar com relativa tranquilidade a primeira fase, quando o trio de ferro estava exclusivamente dedicado à Copa do Nordeste. Na segunda parte, a classificação para as semifinais veio apenas na última rodada. A esperança dos interioranos mora no regulamento da competição, que não prevê saldo de gols como critério de desempate nos confrontos. Se vencer em casa por qualquer placar, o Carcará só perde a vaga na final numa disputa por pênaltis. Dois empates também leva o confronto para os tiros livres.
“Não será fácil, mas temos que fazer o dever de casa. O treinador deles conhece bem a nossa equipe, mas nós também sabemos como joga o Náutico. Mas como o regulamento nos dá uma chance, temos que aproveitar”, disse o técnico Cícero Monteiro. O atacante Fabrício Ceará é a única dúvida do treinador. Ele reclama de dores nas costas e ainda passará por uma última avaliação. Se ele não tiver condições, quatro jogadores podem ser acionados: Everton, França, Julio e Alexson.
Ficha do jogo:
Salgueiro: Luciano; Marcos Tamandaré, Aylton Alemão, Ricardo Braz e Daniel; Pio, Moreilândia, Valdeir e Anderson Paraíba; Kanu e Fabrício Ceará (Everton). Técnico: Cícero Monteiro.
Náutico: Alessandro; Jackson, William Alves, Flávio e Gerley; Elicarlos, Dê, Yuri Naves, Roberson e Zé Mário; Marcelinho.
Local: Estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro. Horário: 16h. Árbitro: Sebastião Rufino Filho. Assistentes: Clóvis Amaral e Bruno Vieira.
BT
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